Perdão

Por tudo o que eu deveria ter pensado e não pensei;
Por tudo o que deveria ter dito e não disse;
Por tudo o que deveria ter feito e não fiz;
Por tudo o que eu não deveria ter pensado e ainda assim pensei;
Por tudo o que eu não deveria ter falado e ainda assim falei;
Por tudo o que eu não deveria ter feito e ainda assim fiz;
Pelos meus pensamentos, palavras e ações,
Eu oro por perdão e cura através do amor.
Que assim seja. Que assim seja. Que assim seja. E assim é.
 


Benção Celta

 
No dia em que o peso amortecer-se
Sobre teus ombros e tropeçares,

Que a argila dance para equilibrar-te.

E, quando teus olhos congelarem-se

Por trás da janela cinzenta,

E o fantasma da perda chegar a ti,

Que um bando de cores

Índigo, vermelho, verde

E azul-celeste,

Venha despertar em ti

Uma campina de alegria.

Quando a vela se esfiapar no barquinho

Do pensamento, e uma coloração

De oceano escurecer abaixo de ti,

Que surja por sobre as águas

Uma trilha de luar amarelo

Para levar-te a salvo para casa.

Que o alimento da terra seja teu,

Que a claridade da luz seja tua,

Que a fluidez do oceano seja tua,

Que a proteção dos antepassados seja tua.

E, assim, que um lento vento

Teça estas palavras de amor

À tua volta, um invisível manto,

Para zelar por tua vida.

 
John O´Donohue

Alma Gêmea

Amizade

Que sejas abençoado com bons amigos.
Que aprendas a ser um bom amigo para ti mesmo.
Que sejas capaz de viajar àquele lugar na tua alma onde existe o grande amor, calidez, sentimento e perdão.
Que isso te modifique.
Que isso transfigure o que é negativo, distante ou frio em ti.
Que sejas apresentado à verdadeira paixão, parentesco e afinidade da vinculação.
Que prezes os teus amigos.
Que sejas bom para eles e que estejas lá para eles; que eles te tragam todas as bênçãos, desafios, verdade e luz de que necessitas para a tua viagem.
Que nunca fiques isolado.
Que sempre fiques no sereno refúgio da vinculação com o teu anam cara.

(John O’Donohue, Anam Cara, um livro de Sabedoria Celta, Ed. Rocco)