Nas florestas da Ucrânia, vivem as Asgarda, uma tribo de guerreiras liderada por Katerina Tamouska,
que conta já com 150 mulheres de todas as idades – as mais novas têm 14
anos. Elas treinam karatê, se vestem com uma mistura de roupas
modernas, roupas folclóricas tradicionais ucranianas e roupas de couro
semelhantes às das amazonas da TV. Seus estudos também misturam práticas
antigas e modernas. Elas ‘idolatram’ Yulia Volodymyrivna Tymoshenko,
que foi primeira-ministra da Ucrânia, líder do partido patriota, uma
das pessoas mais ricas da Ucrânia, e conhecida como a “Joana d’Arc da
Revolução Laranja”.
De acordo com o site das Asgarda, elas se
focam em quatro aspectos: arte popular, saúde, desporto e ciências. As
aprendizes estudam desde bordado até anatomia, todas sob a supervisão de
Tarnouska. Elas dizem que aprendem tanto sobre medicina, lei,
literatura, psicologia, filosofia, religião, música, artes, astronomia,
quanto sobre cozinha, bolos, limpeza, cuidado de crianças, e até cantar,
dançar, escrever, pintar e criar.
Elas mesmas se vêem como ‘amazonas
modernas’. No seu acampamento, elas recriaram a tradição tribal das
amazonas da Cítia, descritas por Heródoto (que, de acordo com suas
“Histórias”, as situava no leste da Ucrânia). Tarnouska, uma loira de
uns trinta e poucos anos que usa rabo de cavalo, estabeleceu a tribo nas
montanhas do Cárpatos. Ela diz que é natural as mulheres terem sua
própria cultura marcial como já aparecem nas descrições gregas, e que a
alma da antiga Ucrânia ainda reside em algumas mulheres que demonstram
orgulho, bravura, firmeza, força de vontade, crenças fortes etc. Esse
espírito amazona é aclamado por elas com o “Glória a ti, Mestra, Glória à
Asgarda, Glória às Amazonas!”.
As guerreiras acreditam que as mulheres
são as criaturas mais lindas da Terra, alegres, cheias de talentos,
conectadas com a natureza, amáveis, corajosas, inteligentes, sábias,
inocentes, altruístas, generosas, com força de vontade. A necessidade de
se aprender artes marciais seria para proteger suas tribos de invasores
e possíveis perigos, mas elas lembram que artes marciais não são apenas
uma prática de defesa, ela também nos mantém equilibradas com as forças
da natureza, nos dá firmeza e força ao corpo e à mente, mantendo a
saúde física e psicológica.
Apesar das pioneiras serem da Ucrânia,
elas incentivam que outras tribos surjam pelo mundo, encorajando as
mulheres a reagirem e se unirem ao mundo de Asgarda.
( Fonte: sintetizado e traduzido de artigos do http://asgarda.webs.com/ )
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Cecília Gaspar