A vida diária com os Anjos

Ao entrarem numa dessas igrejas barrocas, como as muitas que existem espalhadas no nosso país, encobertas por séculos e séculos de existência e de vestígios de traços artísticos e arquitetônicos, eis que eles lá se encontram: os anjos. Os Anjos aparecem-nos representados desde há muitos e muitos anos de antiguidade. Porque há muito que tentamos desenhar-lhes a curvatura, adivinhar-lhes os traços, retirar-lhes uma pena de uma das suas imponentes asas. Ei-los, os Anjos... imponentes e angelicais, de caracóis infantis, mensageiros assustadores apocalípticos, guerreiros valentes e misericordiosos. Hoje resolvi partilhar convosco um livro sobre anjos, quer eles sejam para vós de pedra ou éter. Como sabem, os livros são muito mais do que folhas e capas cheias de design, prontíssimas para vender. São objetos vivos, com coração, que palpitam nas nossas mãos quando nos preparamos para abrir as suas folhas. Quantos de vós já não pegaram num livro e abriram as suas páginas ao acaso? Aos que nunca experimentaram, vá lá, tentem. Olhem para a estante e escolham aquele que mais vos atrai, como se fosse uma maçã vermelha. Sentem-se no sofá, fechem os olhos e inspiram fundo (disse para fecharem os olhos e não para dormirem, que mania esta a de estarem sempre prontos para uma soneca). Agora, pensem nessa grande situação que vos aflige e abram... Agora, que já viveram a experiência, analisem o passo seguinte, o livro de Marta Cabeza. Marta Cabeza elaborou um livro mensageiro que se intitula “Dia-a-dia com os Anjos”. E fê-lo devido a uma série de acontecimentos na sua vida, que a conduziram a criar um pequeno baralho de cartas, cheio de imagens e pequenas pinturas repletas de amor e simbolismo, onde os anjos são os atores. E porque as imagens ainda precisavam do tal coração a palpitar, resolveu escrever o livro, a acompanhá-las, para que as suas mensagens podessem chegar a todos os que não conseguissem compreende-las. Por isso, se pegarem nas cartas de Marta ou se abrirem o livro ao acaso, não se admirem ao descobrir uma luz ou um feliz acaso que sossegue esse cavalo selvagem que trazem no peito. Porque nesta vida há que andar sempre em frente, enquanto olhamos para o céu, com os pés bem fincados na terra. 

 Nota: “Dia-a-dia com os Anjos”, de Marta Cabeza, Editora Pergaminho

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Cecília Gaspar